Imagem de Marcello Zambrana |
Lembra de uma gravação do narrador Milton
Leite falando que o Rogério Ceni era chato demais? Então. Parece que os
narradores de hoje andam chatos demais. Não apenas os narradores, como os
comentaristas e ex-árbitros convidados, que também comentam os lances polêmicos
ou nem tão polêmicos assim durante a partida.
O Santos foi até o Allianz Parque
enfrentar o time palmeirense e o time verde saiu na frente no clássico
disputado em plena terça-feira. O Peixão empatou no segundo tempo, com gol de
Gabriel. O atacante santista soltou o urro do guerreiro santista. Mas não são
estes os fatos que levaram a confecção deste artigo.
O grito do guerreiro - Imagem de Ale Vianna
Durante a partida aconteceram alguns
lances de bolas na mão dos jogadores santistas. Lances reprisados à exaustão
pelo canal que transmitiu a partida. Narrador e comentaristas execraram o
árbitro pelos "erros", um dos lances nem pegou na mão do jogador do
Santos, por isso não foi tão reprisado. "Eu marcaria pênalti" -
diziam eles.
No mesmo jogo, em lances de escanteios
cobrados pelo time santista, sem reprise exaustiva, ao contrário, nem mostravam
os lances, o zagueiro do Peixe Gustavo Henrique era agarrado dentro da área
pelos defensores palmeirenses, mas isto não era mostrado, só dava para ver no
momento da jogada. E Rodrigão foi puxado. E Gabriel foi derrubado. Nada! Não
falam, não reprisam, não mostram, não comentam.
Vai a bola bater na mão de um jogador
corintiano - Lance normal! - logo afirmam sem pestanejar. O santista lembra
muito bem, a final do Paulista de 2013, quando o zagueiro Gil interceptou a
bola com o braço erguido dentro da área, em plena Vila Belmiro, com
um daqueles "cones", quer dizer, um daqueles auxiliares que ficavam
atrás do gol, que estava olhando fixo para o lance, sem nada comunicar ao
árbitro do jogo, que certamente viu, mas não marcou. Depois foi a vez de Paulo André fazer o mesmo. A TV represou exaustivamente?
Não!
E quanta e quanta vezes o time empurrado e
vendido pela televisão global se beneficiou de penalidades não marcadas contra
seu time. Em 2015 jogava com três goleiros, um de profissão e dois defensores
que se revezavam tirando a bola com a mão em vários jogos do Brasileirão. -
Lance normal - Claro. É sempre assim.
Mas vamos voltar ao Santos. Está chato
demais assistir, seja qual for o canal, as partidas em que o time santista está
em campo. Procuram o mínimo vestígio de erro para falar contra nosso time e
escondem os erros que favorecem as outras equipes. Logo na primeira rodada do
Brasileirão deste ano, o Santos foi operado em Minas e saiu derrotado por erros
da arbitragem. Não vi nenhum narrador ou comentarista achar um absurdo.
A narração está tão chata, que muitas
vezes a gente nem quer ouvir o que acontece durante o jogo, se atendo apenas
nos lances que terminam em gols.
Cadê a imparcialidade? Onde estão aqueles
narradores comprometidos com o espetáculo, sem clubismo, sem mostrarem sua
paixão pessoal e sem procurar detonar os times que eles desprezam.
Está chato demais esta venda exagerada de
apenas um ou outro clube, onde propagandeiam a todo o instante seus nomes, em
busca de possíveis audiências, em nome de paixões particulares, que fazem
programas esportivos e jogos ficarem maçantes ao extremo.
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